A primeira crise de pânico

Pessoal,

Vou tentar resumir a história:

Minha mãe e meu primo já tinham pânico antes que eu, ou seja, eu tenho uma pré disposição genética.

Na minha adolescência, fumei muita maconha, fumava todos os dias... Trabalhava, estudava, tinha amigos, mas sempre acompanhado da maconha TODOS OS DIAS, isto durante uns 4 anos.

No primeiro ano em que surgiu a Gripe A (h1n1), eu tive a tal gripe (tinha uns 19 anos). Fui para o hospital, fiquei internado durante uns 7 dias, pois tudo ainda era muito novo e não havia remédio, Passou-se uma semana, eu não tomei nenhum remédio, e acabei ficando bem, sem nenhum tipo de sequela ou algo parecido.

Acontece que todo o stress gerado por essa semana internado, somado ao fato de que eu vinha fumando uma grande quantidade de maconha a bastante tempo e fui obrigado a ficar uma semana "limpo", logo que voltei pra casa tive a minha primeira crise de pânico.

Foi HORRÍVEL.

Lembro como se fosse hoje, muita falta de ar, aperto no peito, tontura, sensação de que ia desmaiar a qualquer momento, tremedeiras, calafrios, coração saindo pela boca e tudo mais que se pode sentir em uma crise extrema de ansiedade/pânico.

Estava sozinho em casa, não sabia o que fazer. Deitei na cama e liguei chorando desesperado para o meu pai: "Tô morrendo, chama uma ambulância".

Deitado, tremendo, sentindo todos aqueles sintomas horríveis, parecia que o tempo não passava.

Meu pai não chamou ambulância (ele é médico). Demorou uns 15 minutos e ele chegou junto com a minha mãe.

Dizem eles que viram nos meus olhos que eu estava tendo uma crise de pânico, e que de nada adiantaria me levar para o hospital. Me fizeram chá, ficaram comigo, e o pânico passou.

A partir deste dia, minha vida mudou. Virou de cabeça pra baixo. Nunca pensei que eu poderia passar por algo tão ruim, tamanho sofrimento,

Passei a ter medo de sentir medo. Medo que aquilo se repetisse, isto desorganizou toda a minha cabeça, passei a ter muita ansiedade, mal conseguia comer, não saia mais de casa sozinho, foi uma época bem difícil.

Nos próximos posts vou explicar como consegui tratar isto e voltar a estudar/trabalhar/"viver".

Abraços.

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